sexta-feira, 24 de julho de 2009

Na Ponte...da Força!


Bom dia!

Hoje vim pensando em como desistimos fácil das coisas...
Estava eu no meu engarrafamento predileto: na Ponte, pista do canto próximo a mureta que dá para a Baia de Guanabara...fiquei olhando para a água e quando voltei meus olhos para frente, claro que depois de uma 'bela' buzinada no ouvido porque o trânsito havia andado, me deparei com um inseto não identificado em meu pára-brisa.Pernas longas, na altura dos meus olhos ele se mexia conforme o vento tentando se equilibrar como um surfista em cima de sua prancha no mar...me senti como Yemanjá dentro da água olhando alguem 'invadir' meus domínios. Bem, lá foi o bichinho andando, e eu com o carro também, até chegar em uma área de menos vento próximo ao limpador.

Ali ventava menos e ele conseguia se manter mais fixo...e o que a gente tem haver com isso me pergunto? Ah! A maioria desistiria logo de tentar se equilibrar e se manter! Quantas vezes já não desistimos de projetos por algo ter ido de contra nossos pensamentos? Quantas vezes 'desistimos' de gostar de alguem por a pessoa não corresponder a nossas intenções?(Esse erro é clássico e o mais 'feio' de todos, já deveríamos ter aprendido que amar não é para ser recíproco, amor é dado de graça, diria o poeta). Quantas vezes ficamos desesperados por uma dorzinha, por uma topada em alguma quina de móvel...quantas vezes já desistimos de algo? Se formos colocar no papel talvez precisemos de várias folhas e daí sim, é melhor desistirmos a fim de ajudar a natureza gastando menos!

Se o meu ‘bichinho’ desconhecido tivesse desistido de ali tentar se manter, acho que não voava porque não vi asas, seria esmagado pelos carros. Assim como nós somos esmagados pelos nossos pensamentos!

Não devemos desistir fácil, não devemos nos entregar sem antes tentar e tentar de novo e quando achar que não vai dar certo tentar outra vez e mais uma! Diz o ditado ‘água mole em pedra dura tanto bate até que fura’!

Ouvi no rádio uma música, dessa vez era pagode(risos), que dizia ‘se um dia eu te encontrar de repente não fique sem graça. Dá um beijo e me abraça pra vida ficar melhor. Se houve um problema entre a gente deixa lá que isso passa dá um beijo e me abraça que o resto eu sei de cor. Assim é melhor não brigar e nem esquentar a cabeça, que o tempo se encarrega logo de resolver a questão’*.

E foi justamente isso que o inseto fez, assim que se sentiu capaz e seguro, saltou fora do vidro do carro, não percebi onde, mas tenho certeza que foi a melhor escolha para ele. Assim como deveria ser a nossa: abraçar não só pessoas(é uma delícia que cura, vejam o exemplo da Amma) mas abraçar também a vida, as oportunidades, o amor...

Se ainda estiver se perguntando sobre a questão como eu...acabo de abrir o Evangelho Segundo o Espiritismo: ‘8.Deus consola os humildes e dá a força aos aflitos que a imploram. Seu poder cobre toda a Terra e, por toda a parte, ao lado de cada lágrima, Ele colocou um alívio que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e contêm um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores entender esta verdade, ao invés de protestar contra as dores, os sofrimentos morais que aqui na Terra são a vossa herança. Tomai por lema estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, pois elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranqüilidade de espírito e a resignação. O coração se tranqüiliza, a alma se acalma e não há mais desânimos, porque o corpo é menos atingido pelos golpes recebidos quanto mais fortalecido se sente o Espírito. – O Espírito de Verdade. (Havre, 1863).’**
Beijos, luz...
Cecilia




*Música ‘O Amor Não Tem Culpa’ de Arnaldo Saccomani e Thais Nascimento
**Livro ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ de Allan Kardec – capítulo VI: O Cristo Consolador.

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